Leve tontura, falta de ar, dor no tórax e em outras partes do corpo ou até mesmo um pouco de tosse podem ser sintomas de infarto. Se tratados logo e da forma adequada, podem evitar o temido infarto. Estudo recente realizado por pesquisadores do Imperial College de Londres revelou que esses sinais podem ter sido ignorados nos hospitais ingleses em pelo menos um em cada seis casos de morte causados pela doença.
Esse é um problema significativo e que merece uma maior abordagem. Saiba mais sobre esse tema e veja como evitar complicações na saúde dos pacientes!
Fiquem em alerta para os sintomas
Os cientistas ingleses descobriram que 16% das pessoas que morreram tinham sido internadas nos 28 dias anteriores. Alguns tinham sinais de alerta como dor no peito e outros apresentavam queixas atípicas que podem passar despercebidas por um médico inexperiente. “Esses sintomas podem muito bem ser confundidos com outros problemas, como um ataque de pânico, por exemplo”. Essa é a afirmação do Cardiologista Rafael Modesto, que integra o corpo clínico da Clínica ADS.
A pesquisa, publicada na revista científica Lancet, analisou os registros hospitalares de todas as 135.950 mortes causadas por ataques cardíacos na Inglaterra durante quatro anos. Os registros mostraram se a pessoa tinha dado entrada no hospital nas últimas quatro semanas. Também foi analisado se os sinais de um infarto foram registrados como a principal razão para a admissão hospitalar, uma razão secundária ou se não houve registro.
Os dados mostraram que 21.677 pacientes não tinham registros de sintomas de problemas cardíacos em seus registros hospitalares. Os autores do relatório dizem que sinais como desmaio, falta de ar e dor no peito ficaram aparentes até um mês antes da morte em alguns pacientes.
O que pode ter ocorrido é a falta de alerta para a possibilidade de que esses eram sinais da aproximação de um infarto fulminante, porque não havia danos claros no coração na época. A principal conclusão da pesquisa é a necessidade de aprofundar os estudos, de forma mais detalhada, para a recomendação de mudanças nessas avaliações.
“A constante atualização dos profissionais de saúde e a realização de uma anamnese mais criteriosa e detalhada no atendimento ao paciente são algumas medidas que podem nos ajudar, como médicos, a evitar problemas mais graves no futuro”, diz Rafael Modesto. “Embora muitos infartos apresentem a clássica dor no peito em pessoas que fumam ou que apresentam outros fatores de risco para doenças cardíacas, muitos não se manifestam desta forma”, explica o Cardiologista.
Principais sintomas de infarto
- Dor torácica – sensação de pressão ou aperto no tórax;
- Dor em outras partes do corpo – geralmente o braço esquerdo é afetado, mas pode ocorrer dor na mandíbula, pescoço, costas e abdômen.
- Sensação de tontura;
- Transpiração excessiva;
- Falta de ar;
- Sentir-se enjoado (náuseas) ou vomitar;
- Sensação extrema de ansiedade (semelhante a um ataque de pânico);
- Tosse ou chiado.
Esses são os principais sintomas de infarto que precisam ser investigados de perto. Os profissionais não devem negligenciá-los em uma avaliação clínica, mas sim, fazer uma investigação mais profunda do problema.
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