Semana passada a população com hipertensão arterial foi pega de surpresa pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que retirou do mercado 200 lotes contaminados de remédio para pressão. Porém, a mesma fez um alerta de que os pacientes devem continuar tomando os medicamentos.

Foram medicamentos como a Losartana e a Valsartana que estão presentes diariamente na vida do hipertenso. Basta parar de tomar e a pressão sobe podendo causar diversos problemas graves como o infarto.

O grande problema dos medicamentos que foram retirados das prateleiras é que eles contêm substâncias que podem causar câncer. Mas isso não significa que quem tomou a medicação contaminada vai ter câncer. Existem outros fatores que precisam estar associados e ainda assim o câncer pode não se desenvolver.

Normalmente, o princípio ativo é importado da China ou da Índia, mas esse princípio ativo é um problema novo. Ele foi descoberto em meio às inspeções que a Anvisa faz. Foram analisados 111 medicamentos e 29 empresas (importadoras, indústrias e distribuidoras).

Até julho de 2018 nenhuma autoridade da área havia identificado o problema e nenhum fabricante, mundialmente falando, imaginava que essas substâncias poderiam estar presentes nos lotes. A descoberta ocorreu na Europa e diversos países estão fazendo este recolhimento.

O principal desafio agora é fazer com que a população entenda que não deve parar de tomar as medicações. O risco de câncer é mínimo. Mesmo se essa medicação fosse tomada com as substâncias em dose máxima e por muitos anos, o indivíduo poderia ou não desenvolver o câncer.

Até mesmo os especialistas na área como os cardiologistas concordam com a decisão. Quem para de tomar o remédio para hipertensão corre risco imediato de ter um infarto ou um derrame. Assim, você pode ir até a farmácia trocar a medicação e enquanto isso não for possível, continue consumindo a que tem em mãos.

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