Telemedicina cardiológica e o diagnóstico de cardiopatias

Apesar dos seus expressivos resultados e vantagens para a saúde, pouca gente conhece a telemedicina cardiológica. Caracterizada pela fusão da tecnologia e do conhecimento médico, tem como objetivos prestar uma assistência rápida e de qualidade. Assim, consegue descongestionar o sistema de atendimento de emergência dos centros de maior complexidade.

Vamos conhecer um pouco mais sobre a telemedicina cardiológica e como ela vem revolucionando o diagnóstico das cardiopatias.

Por que usar a telemedicina cardiológica?

A telemedicina vem rompendo barreiras, especialmente, quando o assunto é distância. As barreiras geográficas se desfazem e cardiologistas de diversos locais podem participar o diagnóstico e tratamento do paciente. Outras vantagens do serviço são:

  • o fornecimento de avaliação precisa para médicos plantonistas, sem a necessidade da presença do especialista;
  • diminuição dos custos com transferências de pacientes das unidades de saúde para os centros de maior complexidade;
  • atendimento para uso de trombolíticos, abortando eventuais infartos e redução da mortalidade nos casos de infarto do coração.

A Telemedicina facilita a troca de dados de pacientes, análises de exames, emissão de laudos e discussão de casos clínicos. “O diferencial é a agilidade do diagnóstico de uma cardiopatia para estabelecer o protocolo de tratamento no menor tempo possível”. É o que diz o Cardiologista Luiz Agnaldo Souza, diretor médico da ADS Telemedicina, em Salvador.

Segundo o especialista, o serviço expande a medicina de excelência a um nível globalizado. Além disso, é capaz de diagnosticar doenças, orientar terapias e otimizar recursos dos mais variados níveis, seja humano, financeiro e de tempo. “A telemedicina permite monitorar parâmetros vitais à distância, além de realizar envio remoto de dados e compartilhar imagens. Tudo isso melhora o atendimento ao paciente, que tem seu caso analisado por especialistas com rapidez”, explica.

Outras vantagens da telemedicina cardiológica

Através da modalidade, é possível executar à distância exames como eletrocardiograma (ECG), Monitoramento Ambulatorial de Pressão Arterial (MAPA) e Holter (Eletro 24 horas), entre outros, com seus respectivos laudos, no período de 24 horas/dia, sete dias por semana, inclusive sábados, domingos e feriados, no âmbito hospitalar e ambulatorial, dentro das normas e legislações pertinentes.

Facilidades

A comodidade da telemedicina inclui o fornecimento de laudos via internet em um curto espaço de tempo. “Se, ao receber o laudo, o plantonista perceber que se trata de um diagnóstico mais complicado, ele pode entrar em contato e solicitar uma segunda opinião.

Os profissionais podem discutir a situação do paciente e estabelecer juntos o melhor tratamento”, detalha Luiz Agnaldo. Além disso, a tecnologia permite o acesso online aos dados do prontuário eletrônico do paciente. Conectado, o médico pode estar em qualquer lugar para esclarecer dúvidas e fornecer orientações. Isso vale tanto para o paciente quanto para o profissional que solicitou a consultoria.

A monitorização cardíaca à distância é outro serviço que permite um melhor atendimento a pacientes cardiopatas. Especialmente quem faz uso de implante de dispositivos cardíacos como marcapasso, desfibriladores, holter de eletrocardiograma, medidores de pressão arterial e medidores de glicemia.

“Ele reduz o número de visitas hospitalares e os custos inerentes. Além disso, traz mais conforto e segurança para o paciente, que envia os seus dados para o especialista sem sair de casa”, detalha o diretor da ADS. Por fim, com a telemedicina cardiológica, pacientes podem ser orientados online, através do esclarecimento de dúvidas quanto ao uso de medicamentos, por exemplo.

Doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Apesar disso, pelo menos 20% das vítimas de infarto do coração não apresentam os clássicos fatores de risco, tais como hipertensão arterial, diabetes e fumo. Outro dado relevante é que 50% de todas as vítimas apresentam como primeiro sintoma o próprio infarto, sem aviso prévio que possa sugerir uma avaliação preventiva.

“Muitos pacientes têm que ser atendidos em regime de urgência, portanto, força o sistema de saúde a absorver esses pacientes sem qualquer programação prévia. A relação entre a precocidade do início do tratamento e seus benefícios clínicos precisa ser considerada e, neste sentido, a Telemedicina pode fazer toda a diferença”, destaca o Cardiologista Luiz Agnaldo Souza.

O médico acrescenta ainda que a dor torácica é motivo de 10% das procuras por atendimentos de urgência nos Centros de Saúde e 70% dos casos não apresentam doenças cardiovasculares, sobrecarregando os postos de atendimento de urgências. “Como as unidades não possuem especialistas de plantão, principalmente nos finais de semana e feriados, os generalistas precisam encaminhar todos para avaliação em centros de maior complexidade”, diz.

Vale destacar que na Telemedicina, quem viaja é a informação e não o paciente. Sendo assim, ela reduz a necessidade de transferência de pacientes de um local para outro (transferência intermunicipal ou interestadual). O paciente somente precisa ser transferido se for constatado que ele realmente requer atendimento hospitalar. “Isso diminui significativamente o deslocamento de pacientes com suspeita de crise cardíaca, gerando economia para o município e para o próprio paciente”, conclui Luiz Agnaldo Souza.

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